No peito vazio um coração sem amor.
E no silêncio da sala teu olhar não mais me invade
Nesse sonho segredo-me em algum meio tom
Eu sinto saudades, de sentir saudade!
Na Televisão, passam coisas antigas,
E mesmo assim, não me pego a chorar.
Percebo-me a transfigurar as imagens da vida,
Procurando sentir-te outra vez e me achar.
-Pode um amor tão imenso acabar?-
E me aquieto assim, esquecida, jogada.
Deitada, pensando, sem vinho algum.
Sem histórias, sem planos, sem boas jogadas,
- De todos os meus amores, não me restara nenhum?-
Assim, supero as presenças iguais,
Desses vultos eternos que tentam me assombrar
Espalho na mesa, as minhas últimas cartas,
E vou pra cama, raciocinando em paz.
-Saudades eu não sinto... Eu devia chorar?-
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