Marinho III

*

Não ouça o triste canto
que soa longe

Que o teu medo
desconheça
tal infortúnio

Não aceita a ilusão
que se oferece

Nas falsas brumas
desse desaguar
noturno.

Tesouros de Sal e nácar,
ouro e olhos

Engolidos
em mortas ondas
- frio e calcário -

Levados a profundos
reinos naufragados

Que ecoam
num madrugar
intempestivo

Não ouça o triste canto
que pressagia

"Guarda o teu medo
como à vida
O mar é a morte
do infinito."



(Jessiely Soares)

1 comentários:

Anônimo 1 de abril de 2008 às 16:13  
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