Minhas poesias




Na noite em que o sentimento
Ultrapassa a alma,
E rasga a pele,
Eu sento e choro.

- Choro porque estou só.
Choro porque alivia o desgosto
Distribuindo a dor em lágrimas
Por outros membros do meu corpo-.

No momento em que sinto:
Que essa raiva me estrangula,
Que essa solidão agride,
E que essa covarde depressão me domina;
Eu desisto de repensar a vida.

-Não fumo mais,
porque não há mais fantasia
Em ver na fumaça que se esvai
Alguma possível saída-.

Hoje, não me entrego
aos delírios da embriaguez;
(Que me rendem uma ressaca na manhã seguinte.)
Nem me perco mais em livros de auto-ajuda;
(Não conseguirei mesmo me tornar Buda.)

Tudo o que me supre nessa noite
Em que solitariamente despedaço-me;
São as minhas poesias...

- Que perto assim de mim,
Comportam-se como amigas.
Não tem críticas a me tecer.
Fazem-me companhia-.

Nem cedem ao sono
Quando necessito que estejam perto.
E são estas (porcarias) poéticas que escrevo,
Que me deixam menos aflita:

- Será que não conseguiria usá-las
E reescrever a minha vida?-
( Jessiely )

1 comentários:

Unknown 9 de março de 2008 às 17:15  

Jessiely, simplesmente adorável teu blog, teus poemas e poesias.
Quando se entra em "tua casa" percebe-se nitidamente o brilho, a doçura a imensa curiosidade e inteligência aguçada que reside em ti.
Parabéns, nunca deixe que esse dom se esmoreça, pelo contrário, cultive-o.
Um beijo grande.
Maria Cândida