Desacelerado


Teu rosto é um vale
Onde escondes teu sorriso
Que me inundou a alma.
Ah, Alma!

Essa que se perde da matéria
Enquanto durmo
E volta ao teu quarto
Chega a um sussurro...
Deita ao teu lado

Teus olhos
Remetem-me a águas antigas,
Velhas trovas de amor,
Valiosas profecias:
-Tua retina contém segredos
Que a ninguém revelarias-

Tuas mãos, não,
Essas não defino:
Tem uma certeza das minhas curvas
Conhece meus desatinos.
Louca viagem entre astros
Matéria, sonho, delírio.

Paixão é outra coisa
Amor é isso:
-Perder a noite
Pensando alto
Quando estar em teus braços
Não é possível-.

E o tempo
Inconstante,
falso
Mantém esse
Ritmo
.
.
.
Desacelerado.


(Jessiely)

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