Proletaríssimo


Não quero ser
Pedaços de sonhos:
pesadelos
É que me dilaceram.

Sou apenas
Um sentido oculto,
De um segredo
Que me disseram.

Um ser antigo,
Não na pele,
Essa mera e
Mórbida camada
Que me reveste;

Sou antiga
Em sentido amplo
-Meu espírito não
Foi domesticado
Ainda é silvestre-

(sou sentimento mútuo
Em tempo de amor agreste)

Sou desejo incontido
Em toques
Desses, daqueles,
Aos quais não posso tocar.

E às vezes,
Faço-me orvalho
Pra finalmente
Me dispersar.

E nas madrugadas
Revitalizo-me
Ser da noite
de olhar tranqüilo...

Amanhece
e
recomeço;


Proletaríssimo!

(Jessiely)

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